quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

DESENVOLVIMENTO LOCAL E PÓLO MOVELEIRO

II Mostra de Móveis e Decoração de Vitória da Conquista / 2007
Foto: Graça Bittencourt
Uma outra iniciativa a ser destacada foi o I Fórum de Movelaria do Planalto do Sudoeste da Bahia realizado na cidade nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro de 2007 que teve, dentre outros objetivos, apresentar um diagnóstico do setor. O consultor do SEBRAE, Ari Lorandi, durante apresentação dos resultados, explicou que o Fórum foi pensado intensionando dar suporte à coleta de informações sobre a situação atual da indústria moveleira da região Sudoeste da Bahia, a partir de três frentes: produção, distribuição e mercado."Com estas informações e
outros estudos que fizemos, chegamos a algumas conclusões sobre ações que devem ser desenvolvidas para que a indústria moveleira do sudoeste baiano pudesse melhorar sua competitividade diante de concorrentes do Sul e Sudeste do País", destacou o consultor. Disse ainda o consultor que as ações mais importantes deverão ocorrer nas áreas de gestão, tecnologia e marketing."Temos hoje, nos 85 municípios do sudoeste da Bahia, um mercado potencial para o segmento mobiliário da ordem de R$ 230 milhões por ano e mais de 90% deste volume é atendido por empresas de fora do Estado", anunciou. O objetivo, destaca Lorandi, é reverter este quadro e fazer com que as mais de 200 marcenarias de Vitória da Conquista respondam por pelo menos 20% deste valor, superando a meta equivalente a R$ 3,8 milhões por mês. "Evidente que se trata de um grande desafio, mas o trabalho dos moveleiros junto com o SEBRAE e a Prefeitura de Vitória da Conquista visa alcançar esse objetivo num prazo máximo de três anos", finalizou.

De acordo com os órgãos de fomento, o desafio agora é desenvolver ações que possam implantar no mercado a referência de um Pólo de Movelaria. O projeto de implantar o pólo é desenvolvido em parceria pelo SEBRAE, AMOVIC e ADTR. Os moveleiros pretendem, também, organizar um show-room permanente na cidade, para que, durante todo o ano, os produtos fiquem à mostra. Mas, segundo esses, vai além de uma simples exposição. A proposta é que se transforme num espaço pedagógico, cultural e de inserção social e econômica. Isso se dará por meio do oferecimento de capacitações e cursos, abertura para saraus, exposições e outras expressões artísticas. Uma análise do imóvel onde funcionará o espaço foi recentemente realizada. O imóvel deverá passar por uma restauração, para que atenda às necessidades do projeto.

Para a presidente da Associação de Arquitetos e Engenheiros da Construção Civil do Sudoeste da Bahia (AREA), Cristina Salgado, esse espaço será um fator importante para o crescimento da cidade, uma vez que a região tem uma forte vertente para a movelaria, e também pelo fato de ser um espaço múltiplo, com potencial econômico e cultural (Área - online).As iniciativas são muitas, os desafios maiores ainda. Dentre eles destaque-se, entre os principais, a mudança na cultura de formação de redes de empresas. A AMOVIC tem vinte e duas empresas associadas, porém em todo o município existem duzentos e vinte profissionais que ainda não se aproximaram da entidade.
Almeida, atual presidente da AMOVIC, lamenta apenas o distanciamento de grande parte da categoria, a despeito dos esforços concentrados para agregar o setor e buscar novos associados. "É uma questão cultural. Ainda temos pessoas que ainda não se convenceram de que o associativismo, o cooperativismo, é a única forma que o pequeno tem para se tornar forte" (Jornal Bahia em Foco – on line)

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